Biblioteca pública Cruz e Souza completa 46 anos. Conheça sua história…

Hoje, dia 24 de Outubro de 2019, a Biblioteca Pública Cruz e Sousa completa 46 anos. Ela foi criada no ano de 1973 na gestão do Prefeito Darci Pereira da Costa. O município de Garuva ainda era uma criança, quando o prefeito sancionou a lei nº. 60/1973, que autorizava o chefe do executivo a criar a Biblioteca Pública Municipal.

O prefeito recebeu da Câmara Municipal, autorização para gastar com a implantação da Biblioteca a quantia de Cr$ 1.500,00 (um mil e quinhentos cruzeiros). Também foi autorizado usar até a mesma quantia a título de gratificação na contratação de um funcionário para servir na referida Biblioteca. A instituição foi registrada no MEC – Ministério de Educação e Cultura, Instituto Nacional do Livro, sob o número 15.864, em 26 de Dezembro de 1973. O chefe do executivo propôs a inclusão no orçamento de dez salários mínimos para aquisição de livros.

Assim nasceu a Biblioteca Pública de Garuva, que foi instalada em uma sala nas dependências da Prefeitura Municipal. Recebeu o nome de Cruz e Sousa, uma homenagem ao poeta catarinense. Livros foram sendo doados e outros adquiridos e a biblioteca que era somente um anseio começou a tomar forma e crescer.

O espaço físico da Prefeitura ficou pequeno demais, a necessidade de criar mais espaço fez com que algumas secretarias fossem remanejadas de local, entre elas a Secretaria de Educação, que levou consigo a Biblioteca Municipal para um novo endereço da Avenida Celso Ramos, local onde atualmente se encontra o Fórum de Garuva. Esta mudança foi maravilhosa, a Biblioteca enfim ganhou um espaço amplo e de fácil acesso à população. Além disso, começou a oferecer cursos de datilografia e muitos outros que formaram muitos cidadãos e cidadãs garuvenses.

Como a Biblioteca estava instalada em uma casa de madeira, a prefeitura resolveu construir um novo prédio de alvenaria, estilo sobrado. Enquanto o novo prédio estava em obras, a biblioteca passou a funcionar no Coreto da Praça Pedro Ivo Campos, recentemente inaugurada.

O novo prédio finalmente ficou pronto e a Biblioteca voltaria para o seu local, porém houve mudanças de planos, e o novo prédio tornou-se endereço de vários setores da administração municipal, inclusive da Câmara de Vereadores, menos da nossa Biblioteca Cruz e Sousa. Então o Coreto da praça com uma sede que seria provisória acomodaram em suas estruturas a Biblioteca Pública durante longos anos. Por diversas razões a Biblioteca teve que mudar de endereço novamente, então a Prefeitura alugou um imóvel na Rua Carijós nº 275 no Bairro Geórgia Paula. Os livros foram colocados em várias caixas e transportados para o local.

Passaram-se os dias e a Biblioteca fechou suas portas e os livros ficaram lá da mesma forma que chegaram, dentro das caixas. Do mês de junho a novembro de 2007, a população garuvense ficou pela primeira vez, depois de trinta e três anos sem sua Biblioteca Pública.

Em janeiro de 2008, a biblioteca reabriu suas portas à população garuvense, no já citado endereço da Rua Carijós. A Secretária de Educação passou a integrar as bibliotecárias aos demais funcionários da Educação. Elas começaram a participar das reuniões pedagógicas, onde criaram projetos de divulgação. No início de 2009 a Secretaria de Educação anexou a Biblioteca Pública à Casa da Cultura, em novo endereço, na Avenida Celso Ramos nº 1449.

Desde 2013, a Biblioteca passou a se localizar na Rua Carlos Borgenhausen, endereço que se mantém até hoje, em frente ao Ginásio de Esportes Evandro Nagel. Resistiu ao tempo e mantém ativo o acesso à informação. Além de livros físicos que formaram gerações, atualmente dispõe de acesso à internet e oferece serviços de impressão de trabalhos, oficina de elaboração de currículo, orientação de pesquisa e eventos culturais e literários.

Com o passar dos anos, muitos filhos e filhas da leitura e passageiros da fantasia encontraram nesta Biblioteca, asas para seus sonhos. Parabéns Biblioteca Pública Cruz e Souza, pelos seus 46 anos.

Fonte: Adaptação do texto do trabalho acadêmico Edevânio Francisconi Arceno. Foto: Página Garuva, Santa Catarina, Brasil / Arquivo Família Legnaghi