Operação “Marias” da Polícia Civil prende 01 pessoas por violência doméstica em Garuva. 48 foram presas em Santa Catarina
28/11/2019A Polícia Civil realizou ontem, quarta-feira, 27, a Operação Marias para frear os índices de violência doméstica em Santa Catarina. A mobilização resultou em 48 prisões, 41 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão, além de 620 fiscalizações de medidas protetivas, conforme balanço atualizado no fim da tarde. Também foram apreendidas armas e munição com suspeitos.
Na cidade de Garuva foi realizado uma prisão, conforme informações do Delegado de Polícia da Comarca, Franklin Firmeza.
Foram mobilizados mais de 350 policiais civis das 30 Delegacias Regionais do estado. As prisões são preventivas ou de sentença definitiva, determinadas pela Justiça, e motivadas por crimes como violência sexual, estupro de vulnerável, ameaça, descumprimento de medida protetiva e posse irregular de arma de fogo.
Em entrevista coletiva, o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Paulo Koerich, destacou a ação como forma de reduzir os índices de feminicídios e de prevenção à violência contra a mulher no estado. “Há um ditado popular que diz que em briga de marido e mulher a gente não mete a colher, mas em Santa Catarina a Polícia Civil mete a colher sim. Nós defendemos as vítimas, temos programas de conscientização, ações sendo realizadas pelas Delegacias da Mulher, eixos temáticos, seminários e, principalmente, contamos com a população para que faça as denúncias para a polícia poder agir”, ressaltou o delegado-geral.
A coordenadora das Delegacias de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMIs), Patrícia Zimmermann, enfatizou que os policiais continuarão nos próximos dias em busca do cumprimento de todos os mandados judiciais. No total, a Polícia Civil espera cumprir 81 mandados de prisão expedidos pela Justiça contra suspeitos de violência doméstica, 23 mandados de busca e apreensão e 1.211 fiscalizações de medidas protetivas.
“O importante é que as vítimas possam ter a certeza de que a Polícia Civil está aqui para proteger essas mulheres e que atua incessantemente em defesa delas. Estamos dentro dos 16 dias de ativismo e hoje é uma operação nacional, quando as Delegacias da Mulher têm se mobilizado para cumprir essas ordens judiciais em um incremento maior dessas ações”, disse a delegada.
Sobre a operação
O nome “Marias” faz referência a Maria da Penha Maia Fernandes, vítima emblemática de violência doméstica, referencial na luta em defesa dos direitos das mulheres e cujo nome é emprestado à lei “Maria da Penha”. A operação tem caráter nacional em parceria com o Conselho Nacional dos Chefes de Polícia (CONCPC) e é realizada também em outros estados.