Vereadora apresenta proposta para que problemas de visão sejam diagnosticados precocemente, em Garuva.
16/06/2022Um passo importante foi dado para os problemas de visão sejam precocemente diagnosticads em Garuva, isso porque a vereadora Marli Leandro (MDB) protocolou na Câmara Municipal uma indicação solicitando que o Prefeito encaminhe à Casa Legislativa, projeto de lei Instituindo a campanha “oftalmologista na escola” no município de Garuva e que disponha sobre a obrigatoriedade da realização de exames Oftalmológicos para alunos das escolas da rede públicas municipal.
De acordo com a vereadora, a importância dos programas de saúde ocular em escolas reside no fato de que a deficiência visual interfere no processo de aprendizagem e no desenvolvimento psicossocial da criança, fato que é reconhecido por diversas autoridades do ensino. Estima-se que a grande maioria das crianças brasileiras em idade escolar nunca passou por exame oftalmológico e dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia mostram que 20% delas apresentam alguma perturbação ocular.
“Ressalto que as causas mais comuns de acuidade visual reduzida em escolas são os erros de refração-a hipermetropia, o asfagmatismo, a miopia e o estrabismo. A detecção precoce destes problemas possibilita a sua correção ou minimização, visando o melhor atendimento global da criança em idade escolar” – Declarou Marli.
Em sua exposição de motivos a vereadora esclareceu ainda que nos programas de triagem visual é importante estipular o critério de encaminhamento dos indivíduos como, por exemplo, o limite de visão a ser considerado.
“Esta preocupação resulta do fato de que este não pode ser tão alto para que não haja um número excessivo de crianças encaminhadas, gerando exames desnecessários, bem como, o contrário também é indesejável, pois pode deixar de lado crianças que tenham problemas oculares. A precisão desta avaliação somente pode ser assegurada quando realizadas por profissionais habilitados, ou seja, médico oftalmologista”.
Marli explicou que o objetivo deste projeto é verificar a prevalência de acuidade visual reduzida em escolas, principalmente os alunos das primeiras séries do ensino fundamental de escolas da rede pública municipal.
“Muitas vezes, atitudes dos alunos em sala de aula levam os professores a suspeitarem das dificuldades visuais dos alunos, pois o contato diário no ambiente escolar possibilita conhecer o modo de ser de cada aluno e notar alterações na aparência ou na conduta. Temos que considerar, porém, que os professores, apesar de toda a dedicação e boa vontade, não possuem conhecimentos suficientes quanto a saúde ocular e, portando, as ações por eles desenvolvidas não são completas e abrangentes” – Esclareceu.
Por fim a vereadora salientou que muitas vezes, os alunos encaminhados pela escola para a realização de exames esbarram nas dificuldades financeiras da família, principalmente com relação ao tratamento.
“De acordo com o proposto nesta matéria, a criança que necessitar de tratamento vai receber os óculos sem qualquer despesa para a família. A criança que não enxerga bem, vai mal no aprendizado, sente-se discriminada perante os amigos, recebe reclamações dos professores e acabam sofrendo repreensão pelos pais, por um problema do qual não tem culpa” – Finalizou.
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