Pré-escolar de Garuva tem aulas suspensas após caso suspeito de “Varíola dos macacos”.

Pré-escolar de Garuva tem aulas suspensas após caso suspeito de “Varíola dos macacos”.

18/08/2022 0 Por Clic

A Secretaria Municipal de Educação suspendeu as aulas presenciais no Pré-Escolar Dente de Leite, em Garuva, em função de um caso suspeito de varíola dos macacos (MONKEYPOX), sendo assim, as aulas estarão sendo realizadas de forma remota nos dias úteis de 18 a 26/08, retomando as atividades, assim que a suspeita for descartada, na data de 29/08.

A decisão segue as orientações da Nota Técnica expedida pela Secretaria de Estado da Saúde sobre a vigilância dos casos suspeitos de MONKEYPOX (MPX), a qual recomenda o  isolamento e medidas de precauções adicionais baseadas na transmissão até o descarte do caso, no prazo de 07 (sete) dias.

De acordo com a prefeitura, a unidade escolar estará passando por intensa desinfecção para retorno seguro dos alunos, conforme orientação da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde.

Novas orientações sobre esta suspeita serão reportadas aos pais e comunidade assim que recebidas. Em casos de erupções cutâneas ou febre, leve seu filho para a Unidade de Saúde.

 

SOBRE A VARÍOLA DOS MACACOS

A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O nome monkeypox se origina da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958. O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970. Atualmente, segundo a OMS esclareceu, a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como ratos e cão-da-pradaria.

A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos.

O contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ​​ao cuidar dos doentes, seja em uma unidade de saúde ou em casa.

Sintomas:

A OMS descreve quadros diferentes de sintomas para casos suspeitos, prováveis e confirmados. Passa a ser considerado um caso suspeito qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresente pústulas (bolhas) na pele de forma aguda e inexplicável e esteja em um país onde a varíola dos macacos não é endêmica. Se este quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame para confirmar ou descartar a doença.

Casos considerados “prováveis” incluem sintomas semelhantes aos dos casos suspeitos, como contato físico pele a pele ou com lesões na pele, contato sexual ou com materiais contaminados 21 dias antes do início dos sintomas. Soma-se a isso, histórico de viagens para um país endêmico ou ter tido contato próximo com possíveis infectados no mesmo período e/ou ter resultado positivo para um teste sorológico de orthopoxvirus na ausência de vacinação contra varíola ou outra exposição conhecida ao vírus.

Casos confirmados ocorrem quando há confirmação laboratorial para o vírus da varíola dos macacos por meio do exame PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) em tempo real e/ou sequenciamento.

O surto de varíola dos macacos, que já foi confirmado em 16 países e várias regiões do mundo, ainda pode ser controlado e a OMS garantiu, na terça-feira (24/5/22), que o risco de transmissão é baixo.

Vacinas – A vacinação contra a varíola tradicional é eficaz também para a varíola dos macacos, mas a OMS explicou que pessoas com 50 anos ou menos podem estar mais suscetíveis já que as campanhas de vacinação contra a varíola foram interrompidas pelo mundo quando a doença foi erradicada em 1980.

A agência trabalha na verificação dos estoques atuais de vacina da varíola para ver se precisam ser atualizados.

A prevenção e o controle dependem da conscientização das comunidades e da educação dos profissionais de saúde para prevenir a infecção e interromper a transmissão.

 

Fontes:

Instituto Butantan
Organização das Nações Unidas (ONU) – Escritório Brasil
ONU News